Parada prejudicou mais os goleiros, dizem preparadores
Reportagem do LeiaJá ouviu profissionais da área para entender o problema
Várias incertezas em relação à volta aos treinos em Pernambuco tem rondado os clubes. Jogos, condição dos atletas, risco de lesões. Todas essas questões têm sido presentes no dia a dia dos times, mas se tem algo que podemos garantir é que a posição que mais vai sofrer com essa parada atípica no meio da temporada é a dos goleiros.
Isso, inclusive, já tinha sido apontado pelo goleiro do Sport Luan Polli. A reportagem do LeiaJá então procurou dois preparadores de goleiros para confirmar se realmente o déficit da parada é pior que em outros atletas e entender o motivo disso. Renato Pontes, preparador do Santa Cruz, e Junior Matos, do Sport, conversaram com a gente e reforçaram a tese.
"É uma situação bem mais complicada para os goleiros, não que não seja para os jogadores. O goleiro precisa ter tempo de bola tanto da bola aérea, quanto da bola no chão, ele tem que ter uma leitura de jogo quando linha tem que subir, ter um balanço, parte técnica, tempo de reação", explica Renato Pontes.
Junior Matos vai além e explica qual é a parte em que eles mais serão afetados: "o prejuízo maior é a parte técnica, sem dúvida, deixando bem claro que as duas demandas, elas andam juntas, a gente perdeu as duas". "A grande preocupação nossa é que a volta dos campeonatos, os goleiros em todo Brasil vão falhar com mais frequência", completa.
O risco de lesão também é outro ponto levantado. "Precisa ter força, precisa ter um trabalho de resistência, você precisa de um trabalho aeróbico bom de explosão curta, então é um trabalho que tem que ser feito pausadamente, o risco que pode vir uma lesão é muito alto", salienta Renato.