BMX luta para renovar quadro de praticantes no Estado
Ainda necessitando de mais incentivo governamental, esporte olímpico segue apresentando bons resultados
Celeiro de atletas olímpicos, Pernambuco tem tradição em exportar atletas para a elite do ciclismo nacional e internacional. O Bicicross resiste às dificuldades, especialmente no que diz respeito ao apoio para os atletas, devido ao esforço de praticantes dedicados em conquistar mais espaço e trazer de volta o interesse das novas gerações. Em seu favor, o BMX conta com manobras radicais nas corridas em bicicletas, algo que desperta a curiosidade em jovens, mas manter os mesmos no rumo ao profissionalismo é muito complicado.
No Parque da Jaqueira, Zona Norte do Recife, por exemplo, Gilmar Batista dos Santos, dono de 150 troféus, entre torneios estaduais, regionais e nacionais na modalidade, hoje dedica seu tempo à ensinar novos praticantes. Movido pelo amor ao esporte, o professor Gilmar tem cerca de 40 alunos e sobrevive com o que faz por fora. Pois o trabalho social dedicado na pista de terra é algo que não dá retorno financeiro. O apoio mínimo da prefeitura, e os bicos que faz por fora é o que pagam as suas contas, mesmo tendo uma função transformadora na vida destes jovens.
Também é de forma gratuita que a Federação Pernambucana de BMX oferece aulas para o público no Parque Santana, também na Zona Norte. Segundo o presidente Vandre Vital, aos poucos, a pista está recebendo os devidos cuidados, porém ainda falta muito para inaugurar a maior de todas, na Macaxeira. Construído em 2014, trata-se de um espaço com dimensões olímpicas, entretanto que nunca ficou pronto. A promessa é de que até o fim do ano, os pilotos possam treinar no local.
Confira a entrevista, exclusiva ao LeiaJa.com, no qual presidente, treinadores e atletas falam sobre o cenário do Bicicross em Pernambuco. São diversos depoimentos apontando os principais problemas para a prática do esporte e como estes adeptos resistem em prol de uma paixão.