Atleta afirma que presidente do COI 'pode ser comprado'
"Para mim, Bach pode ser comprado politicamente", declarou Claudia Pechstein, vencedora de cinco medalhas de ouro em Jogos Olímpicos entre 1994 e 2006
A ex-campeã olímpica alemã da patinação de velocidade Claudia Pechstein se juntou, nesta quarta-feira (27), aos muitos críticos de Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), após o dirigente decidir não suspender o comitê olímpico russo dos Jogos do Rio-2016. "Para mim, Bach pode ser comprado politicamente", declarou Pechstein, vencedora de cinco medalhas de ouro em Jogos Olímpicos entre 1994 e 2006, à agência SID, filial da AFP.
"Ele mente ao mundo quando afirma publicamente que é preciso respeitar a presunção de inocência de todos os atletas", argumentou a atleta, suspensa por dois anos em 2009 por anomalias em seu passaporte biológico. "No meu caso, nunca houve presunção de inocência", afirmou a patinadora, que sempre contestou a suspensão, afirmando, apoiada por médicos, que as anomalias eram produto de uma doença congênita. "Fui condenada sem qualquer justificativa, sem qualquer prova, simplesmente em função de um cálculo de probabilidade absurdo", garantiu.
Ao classificar de "covarde" a decisão do COI de não excluir toda a delegação russa, Pechstein se juntou a outros atletas alemães que expressaram sua ira contra o atual presidente da entidade olímpica. Bach "faz parte do sistema de doping", declarou o campeão olímpico do lançamento de disco Robert Harting, na terça-feira. "Eu entendo sua reação (de Harting). Às vezes podemos ter vergonhar de fazer parte de um sistema como esse", declarou por sua vez Thomas Rohler, especialista do lançamento de dardo.