Bicolores invadem Doca e festejam conquista da Copa Verde
Fiel ocupou a avenida na região central de Belém e fez bonita festa de comemoração pelo título inédito que garante vaga na Copa Sul-Americana
A avenida Visconde de Sousa Franco, mais conhecida como Doca, é uma das mais nobres de Belém. E o principal “point” em grandes eventos, principalmente quando envolvem os dois maiores times da capital, Remo e Paysandu. Nesta terça-feira, após o Papão conquistar a Copa Verde, mesmo com a derrota por 2 a 1 contra o Gama, o torcedores bicolore saíram dos bares, casas e prédios adjacentes para pintar a avenida de azul e branco.
Carros com música alta, sinalizadores, aglomerações, homens e mulheres de todas as idades passaram a madrugada inteira celebrando a vitória. Como o caso de Ailson Silva, que estava com esse grito de campeão “engasgado”. “Esse título estava engasgado tanto para os torcedores quanto para a diretoria. Um título que foi roubado de nós em 2014”, esbravejou o torcedor, referindo-se à derrota na final da Copa Verde entre Brasília e Paysandu.
E ainda havia remista na Doca no meio da multidão bicolor. E, por incrível que pareça, feliz. O vendedor ambulante Fábio Cruz comemorou o sucesso na venda das bebidas dele, o que não ocorreu nas duas últimas finais de Copa Verde, em que Papão e Leão foram derrotados. “Foi triste. Não vendemos nada e voltamos para casa sem poder dar alguma coisa para nossa família. Mas hoje é só felicidade, mesmo eu sendo remista, mas valeu o título do Paysandu. Acho que daqui a uma meia hora já não vai ter mais nada. Vai dá para ganhar uns R$ 400,00 ou R$ 500,00”, disse o ambulante.
Algumas taças foram erguidas na Doca para fazer alusão à da Copa Verde. No entanto, a de Ariane Gerônimo chamava mais atenção pelo tamanho e história. “Essa taça é histórica. Representa a minha família, que é toda bicolor, lá da Sacramenta. Brincávamos com ela no bairro”, revela a torcedora, que sempre leva uma faixa ao Mangueirão no qual está escrito “Família Bicolor”.
Confira a festa bicolor no vídeo abaixo:
Por Mateus Miranda.