Xô, zica! Ou melhor: adeus, Zika!
Campanha do governo promove distribuição de 50 mil sachês de repelentes para torcida que lota Arena Pernambuco para assistir ao duelo entre Brasil e Uruguai. Torcida expõe opiniões sobre o assunto
Em qualquer papo de boleiro, quando tudo está dando errado dentro de campo, é comum se escutar a expressão "Que zica!". O termo central da frase vem do verbo "zicar", fundado por quem entende o que é a paixão pelo futebol. Mas, se trocarmos uma simples consoante na palavra, a brincadeira passa a ser coisa séria: Zika. Agora, o jogo inverteu. Não é mais um vocabulário informal. Trata-se de um vírus que, metaforicamente, se jogasse no setor ofensivo, formaria trio de ataque, ao lado de outras duas mazelas que afligem a saúde pública contemporânea: Chikungunya e Dengue. No comando técnico, o Aedes Aegypti, mosquito responsável por transmitir todas essas patologias que assustam a sociedade.
É por conta desse surto de doenças graves e que geram reflexos ainda mais temidos pelo corpo humano, que o confronto entre Brasil e Uruguai, nesta sexta-feira (25), às 21h45, na Arena Pernambuco, terá um esquema especial de combate ao Aedes Aegypti. A Secretaria Estadual de Saúde promoveu uma série de ações de prevenção, dentre as quais se destaca a distribuição gratuita de repelentes para a torcida que esgotará a capacidade de público do estádio. O produto será disponibilizado em 50 mil sachês, antes do horário do jogo, e, para completar, serão entregues panfletos com orientações em português, inglês e espanhol para evitar os focos do mosquito.
Momentos antes do jogo, a reportagem do Portal LeiaJá acompanhou a ação e conversou com o torcedor Adilson Araújo, de 27 anos, morador da cidade de Garanhuns, que veio do Agreste especialmente para acompanhar o clássico sul-americano na Arena. “Estou preocupado com esse surto do zika vírus. Antes de sair de casa, usei repelente e, aqui, peguei meu sachê na distribuição, para reforçar a proteção. Fico satisfeito com esse tipo de campanha, pois estamos precisando combater essas doenças”, comentou.
Vale ressaltar que, de acordo com as informações divulgadas pela Secretaria, nos dia que antecederam o jogo, fiscais da Vigilância Sanitária foram acionados para vistoriar o local do confronto e erradicar possíveis focos do Aedes. Além do estádio, a fiscalização também aconteceu nos hotéis em que as delegações brasileira e uruguaia ficarão hospedadas. Todo a ação ocorreu em parceria com a CBF, que temia a reunião dos elencos brasileiro e uruguaio no epicentro do do Zika Vírus - Pernambuco está em estado de emergência devido à proliferação das doenças.