Paraenses marcam na Libertadores, mas times tropeçam
Giovanni Augusto e Paulo Henrique Ganso acertaram o pé em jogos de Corinthians e São Paulo, respectivamente. Apesar dos gols, no entanto, as duas equipes paulistas atravessaram a rodada sem vitória.
Dois paraenses balançaram as redes na fase de grupos na Copa Libertadores da América nesta semana. Na quarta-feira (9), o meia Giovanni Augusto, jogador do Corinthians, de pênalti, diminuiu o placar na derrota por 3 a 2 para o Cerro Porteño, no Paraguai. Na quinta (10), o também meia Paulo Henrique Ganso abriu o marcador para o São Paulo no jogo contra o River Plate, na Argentina, mas os tricolores sofreram empate ainda no primeiro tempo.
Os resultados mudaram a classificação dos grupos das equipes. O Timão perdeu a liderança do grupo 8 e agora ocupa a 2ª colocação, com seis pontos em três partidas. Enquanto o São Paulo somou o primeiro ponto em dois jogos. Os são-paulinos subiram para o 3° lugar na chave.
Giovanni Augusto tem 26 anos e nasceu em Belém. O meia foi revelado pelo Paysandu e se destacou com a camisa bicolor na Copa São Paulo de Futebol Júnior, em 2008. Depois, transferiu-se para o Atlético Mineiro e passou atuar por vários times do Brasil, como Naútico-PE, Criciúma-SC, ABC-RN, até engrenar na carreira no Figueirense-SC, na Série A de 2014. Disputou 36 partidas e marcou seis gols naquela temporada. Além de ter sido campeão do Campeonato Catarinense.
O desempenho agradou ao Galo Mineiro, que resolveu reintegrar o meia ao elenco na temporada seguinte. Em Minas Gerais, tornou-se titular absoluto da equipe do treinador Levir Culpi, faturou o Campeonato Mineiro do ano e conduziu o time ao segundo lugar do Campeonato Brasileiro. Em 2016, atraiu o interesse do Corinthians, atual campeão da Série A. Recém-contratado, é titular e marcou o primeiro gol dele na temporada.
Paulo Henrique Ganso, também com 26 anos, iniciou a carreira na Tuna Luso, mas o clube formador do atleta é o Paysandu. Negociado com o Santos ainda muito jovem, o meia estreou no time principal em 2010 e era um dos protagonistas da nova geração dos “meninos da vila”, junto com Neymar, André, Wesley, entre outros. Ganhou o estadual de 2010 (e mais dois em 2011 e 2012). Na mesma temporada, conquistou a Copa do Brasil com a camisa santista. No ano seguinte, ergueu a taça de Campeão da Copa Libertadores e, inclusive, fez assistência na final para o gol de Neymar, na final contra o Peñarol-URU. Em 2012, último ano dele no Peixe, ganhou a Copa Sul-americana e a Recopa Sul-americana. As atuações de Ganso renderam convocações para a Sseleção Brasileira. Foi vice-campeão do mundial sub-20, participou de amistosos e da Copa América de 2011 pela seleção principal.
Apesar dos títulos e das características de um clássico camisa 10, há muito tempo não encontrado no Brasil, Ganso não conseguiu decolar na carreira como era esperado. O meia passou a conviver com lesões e teve saída conturbada do Santos para o São Paulo - clube em que, há três temporadas, tenta recuperar a melhor forma física e técnica para novamente despontar no futebol nacional. Fez 11 assistências na Série A do ano passado (apenas Jadson teve mais) e, nesta temporada de 2016, é o artilheiro do São Paulo, com quatro gols.
Por Mateus Miranda.