Ginástica rítmica conquista ouro no Pan de Toronto
Sem falhas graves, as brasileiras não foram ameaçadas pelas norte-americanas (13,283) e nem pelas canadenses (12,817), que levaram prata e bronze
Enquanto os Estados Unidos dominam as finais individuais, o Brasil brilha nas provas de conjunto da ginástica rítmica nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Depois do pentacampeonato no geral, as brasileiras confirmaram o favoritismo e ganharam a medalha de ouro, neste domingo, na primeira da duas finais não olímpicas, a de cinco fitas.
É importante ressaltar que diferente de praticamente todas as demais modalidades, a ginástica rítmica ainda não adaptou seu programa pan-americano ao olímpico. Por isso, distribui medalhas por aparelhos no Pan. Na Olimpíada, só é premiada a disputa em que se somam os resultados dos dois aparelhos do conjunto. No individual, a soma das notas dos quatro aparelhos.
"A gente veio buscar acertar nossa série, o resultado é consequência", afirma Dayane Amaral, que ao lado de Ana Paula Ribeiro, Beatriz Pomini, Dayane Amaral, Emanuelle Lima e Morgana Gmash subiu ao lugar mais alto do pódio, com a nota 15,000 na apresentação ao som da música "Still Loving You", da banda Scorpions. Sem falhas graves, as brasileiras não foram ameaçadas pelas norte-americanas (13,283) e nem pelas canadenses (12,817), que levaram prata e bronze.
Dayane também esteve presente no Pan de Guadalajara, em 2011, e acredita que isso tem sido importante para o grupo, especialmente depois da perda da capitã Débora Falda, lesionada. "Era tudo muito novo lá. Agora vim com um peso maior, a experiência me deu mais tranquilidade para ajudar as meninas porque eu já participei", diz.
Nesta terça-feira, a equipe deve ganhar mais uma medalha de ouro no Toronto Coliseu. Na final das seis maças e dos dois arcos, as brasileiras repetirão a coreografia apresentada no sábado, com um mix de músicas nacionais ("Mas que Nada", "Tico-Tico no Fubá", "Olodum" e "Brasileirinho"). A performance com tema nacional é a preferida de Dayane.
"A série de arco e maça é mais dançada, mais brasileira e levanta o público. É uma energia diferente. Na fita, além de ser o aparelho mais difícil da ginástica, a gente fica um pouco mais tensa. Dá para se soltar mais amanhã (segunda)", conta.