Pistorius inicia testes na segunda e julgamento é adiado
Oscar Pistorius vai começar um período de avaliação psiquiátrica em uma instituição estatal na próxima semana por determinação da juíza responsável pelo seu julgamento pelo assassinato da modelo Reeva Steenkamp. Assim, Thokozile Masipa também anunciou o adiamento do processo até o dia 30 de junho.
A juíza leu nesta terça-feira a sua determinação de que o atleta paralímpico deve se apresentar às 9 horas (locais) da próxima segunda-feira em todos os dias seguintes no hospital psiquiátrico Weskoppies em Pretória.
Pistorius será tratado como paciente externo, ordenou Masipa, e terá permissão para deixar o local às 16 horas ou quando "for autorizado formalmente" pelos responsáveis do hospital. Seu período de avaliação não vai durar mais de 30 dias, disse a juíza, e dependerá de quanto tempo necessitará um painel de quatro especialistas na elaboração de um informe para o tribunal.
Um psiquiatra chamado pelos advogados de defesa de Pistorius declarou na semana passada acreditar que o velocista sofre de transtorno de ansiedade desde a infância, o que poderia ter influenciado no assassinato da sua namorada no ano passado. Isso levou a procuradoria a pedir a realização de avaliação psiquiátrica.
A juíza disse que o grupo de psiquiatras e psicólogos determinará se algum tipo de doença mental pode afetar a capacidade de Pistorius ser "criminalmente responsável" pelo assassinato de Reeva. Ela explicou que o grupo avaliará "se ele era capaz de avaliar o erro dos seu ator ou agir de acordo com a avaliação do erro de seu ato".
Pistorius diz que atirou por engano em Reeva através da porta do banheiro de sua casa na madrugada de 14 de fevereiro de 2013 ao confundi-la com um intruso que acreditava ter entrado em sua casa. A testemunha de defesa Merrill Vorster, uma psiquiatra, disse que Pistorius sofre de transtorno de ansiedade generalizada e seu aparente medo a crimes violentos e sua vulnerabilidade por ter sofrido a amputação de suas pernas pode, ter contribuído para o assassinato.
O atleta paralímpico poderia ser até absolvido se for concluído que padece de suas faculdades mentais. Isso pode também ser usado pela defesa para pedir uma pena mais leve no caso de Pistorius ser condenado por homicídio.