Aidar fala em mudar estatuto são-paulino após boicote
O novo presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, não perdoou o boicote da oposição à votação do projeto de cobertura do Estádio do Morumbi - que seria realizado logo após a eleição - e bateu forte em Kalil Rocha Abdalla, que retirou a candidatura para que os membros da oposição não dessem o quórum de 75% necessários para pôr o projeto em votação.
Aidar disse ter ficado decepcionado com a atitude de Kalil e disse que a cobertura foi apenas um pretexto para evitar que os conselheiros o escolhessem como novo presidente.
"Eles fizeram uma campanha de mais de um ano e no último minuto, desistem. A explicação foi uma desculpa, a derrota se deu em 5 de abril, na Assembleia Geral dos Sócios, quando fizemos uma maioria expressiva no Conselho (a situação ganhou 49 das 80 vagas). Ficamos muito triste porque foi um custo muito alto para um cidadão parar de brincar", disse o novo presidente.
Sem conseguir aprovar o projeto pela segunda vez, Aidar agora admite que pode ter que mudar o estatuto para que o projeto seja aprovado com maioria simples dos votos. No entanto, apresentou outras opções possíveis. Uma carta-fiança ou aumentar de dez para 25 anos a cessão do espaço da arena para 28 mil pessoas prevista no projeto para aumentar a captação de recursos.
"A cobertura talvez não seja o mais importante do cenário, no meu modo de ver o mais importante é o estacionamento e a arena multiuso, será sobre ela que se sustentará o sistema de abrir e fechar a cobertura. Você tem duas arenas novas surgindo no mercado, no Itaquerão eu sugeri que invertêssemos o mando porque o Morumbi está fechado para um show", disse Aidar, falando sobre o clássico com o Corinthians no dia 11. O mando é do São Paulo, que cederá o estádio para o show do One Direction.