Seminário recebeu Wanderlei Silva pela primeira vez no NE
Neste sábado (27), o campeão do extinto Pride e, atualmente, um dos astros do UFC, ministrou um seminário sobre MMA na academia MXA Fight Club
É uma pessoa lapidada pela vida. Aos 37 anos, Wanderlei Silva rechaça a ideia de ser uma “personalidade humilde”. Questiona como poderia ser diferente. Os dez anos lutando sem ganhar nada – apenas lesões, segundo o próprio –, os cinco anos trabalhando como segurança e tantos outros exemplos moldaram um dos lutadores mais famoso do mundo.
Pela primeira vez tanta história esteve em um tatame pernambucano. Neste sábado (27), o campeão do extinto Pride e, atualmente, um dos astros do UFC, ministrou um seminário sobre MMA na academia MXA Fight Club, em Boa Viagem. Oportunidade única para 52 participantes, divididos em duas turmas. Uma tarde para ficar na memória, já que além de alunos e professores, quem esteve no evento era, antes de tudo, um admirador.
A tarde, curiosamente, começou com o audacioso (e folgado, como pediu para ser chamado) Lucas. Pequeno Lucas, de apenas cinco anos. Acompanhava o pai Romero e o restante da família Albuquerque. Recifenses, moram atualmente em Rondonópolis, no Mato Grosso, e vieram apenas para o seminário. “Não poderia perder essa chance”, contou, escutando uma graça do filho em seguida. “Está com medo, papai?”, brincou.
Troque medo por emoção. Talvez Lucas, que seguiu para o shopping e ainda dá os primeiros passos nas artes marciais, não saiba a importância desse evento para tantos marmanjos e mulheres. “Ainda estou novo nisso, é o terceiro seminário que estou dando e o primeiro no nordeste, mas é muito importante para a divulgação do esporte. Todo mundo aqui tem um amigo, né? Pronto, o boca boca é o melhor marketing”, ensina o tranquilo Wanderlei para a abrir aulas.
Não sem antes entrar com a lendária “Sandtorm”. Música do DJ Sarude, marcante para quem acompanha a carreira do Cachorro Louco. Os aplausos e gritos de “Wanderlei” ele responde com um sincero “muito obrigado, estou surpreendido com o carinho”. Depois disso, uma hora e meia de muita interação, dicas, ensinamentos, técnica e, como não poderia faltar, trocação.
Separados em duplas, os olhares desviavam para os “combates” que envolviam o mestre do dia. “Ele disse que batia forte, mas levei umas boas pancadas logo depois”, afirmou feliz da vida o lutador Daniel “Cipó” Bastos, conhecido no cenário do MMA pernambucano. Tão feliz quanto os demais que tiveram, ao final da aula, um certificado e uma foto isolada com o ídolo.