No Clássico dos Clássicos, ninguém quer o favoritismo
Cada time joga a responsabilidade para o adversário
Sempre que há uma partida de futebol é de praxe analisar qual equipe é a grande favorita. Na maioria das vezes são os donos da casa que recebem as apostas. No entanto, quando um clube de maior tradição está em jogo, os olhares apontam para o óbvio. E quando se trata de um clássico? Com quem fica o favoritismo? Nesse caso, o jargão “em clássico não há favorito” domina as coletivas da imprensa.
No próximo domingo (26), o Campeonato Brasileiro apresenta mais uma vez um dos clássicos mais antigos do futebol nacional. Em situações opostas, Sport e Náutico se encontram novamente na Série A. Enquanto o Timbu está numa posição confortável da tabela (11º), o Leão pensa desesperadamente em largar a vice-lanterna da competição (19º). O duelo será disputado na Ilha do Retiro.
Com base na lógica, o Náutico seria o nome da vez, já que está oito posições à frente do grande rival. Contudo, o Sport conta com o 12º jogador: a força da torcida. Além disso, a equipe rubro-negra não perde um Clássico dos Clássicos em seus domínios há oito anos. Portanto, ambos os times deveriam estar brigando pelo favoritismo. Mas a história tomou caminho contrário.
Quando questionados se o Náutico é o grande favorito para a partida por estar numa melhor fase, os alvirrubros jogam a responsabilidade para os adversários. O Sport também não está nem um pouco interessado em ficar com o favoritismo por jogar em casa. “Pela situação que as equipes se encontram, o Náutico é o favorito”, aponta o lateral rubro-negro Moacir, que deverá atuar como volante, na vaga do suspenso Tobi.
O zagueiro alvirrubro Jean Rolt, contudo, discorda do discurso de Moacir. “O momento da nossa equipe é melhor, porém não podemos esquecer que o Sport jogará em casa diante da sua torcida. Isto o torna favorito", rebate o defensor, que foi reforçado pelo seu treinador, Alexandre Gallo. “Jogar em seus domínios, conhecer o gramado e ter a torcida a favor são aspectos que dão o favoritismo ao Sport”, diz o comandante.
Como uma bola de vôlei, o favoritismo deverá sair passando de mãos em mãos durante a semana que antecede mais um Clássico dos Clássicos.