Eduardo Ramos critica e pede desculpas à torcida
Meia não aceitou críticas ao time, mas pediu desculpas por ter jogado garrafa de água em torcedor
Substituição, vaias e confusão. Algo, infelizmente, que vem se tornando corriqueiro nos Aflitos. Dessa vez com o meia Eduardo Ramos. Quando foi substituído, os gritos de burro, burro” (dirigidos ao treinador Waldemar Lemos) irritaram o atleta alvirrubro. Do banco de reservas, muito próximo ao alambrado das socais, o camisa 10 do Náutico atirou uma garrafa com água em um torcedor.
Na saída do gramado, silêncio. Já na coletiva, “justificativas” e um pedido de desculpas. “Joguei, não minto. Aconteceu que um rapaz estava xingando o treinador, mas nada que se passa, pois a gente trabalha muito. Infelizmente não aguentei. Peço desculpa, foi na hora que estava nervoso”, afirmou.
Porém, em seguida, Eduardo Ramos questionou as atitudes da torcida. “Esses caras não torcem pro clube. Nós ganhamos e eles ainda criticam? O cara chega ali para xingar o Waldemar, para xingar os jogadores, essa meia dúzia só atrapalha, fica um clima chato. As vezes eles não entendem de futebol. Sou um meia e eles querem que fique dando carrinho, no próximo jogo vou dar dois e pedir que gritem meu nome”, ironizou.
Apesar das reclamações, o camisa 10 do Náutico admite que ainda pode melhorar o rendimento dentro das quatro linhas. “Eu sei que estou devendo muita coisa, que posso render mais. Mas hoje foi uma das partidas que mais me esforcei, que mais corri, criei oportunidades. Você correr, se esforçar, ganhar e ainda ouvir o cara xingando é vergonhoso”, disse.
Questionado qual seria a solução para esse “relacionamento conturbado”, Eduardo Ramos ironizou mais uma vez. “Temos que vencer os jogos por 5 ou 6x0 ainda no primeiro tempo. Só assim para não brigar”, contou, finalizando com uma indireta para a imprensa: “Tem bastante tempo que não saio, que não bebo. Para quem gosta de me chamar de cachaceiro, é bom inventar outras coisas”.