João Cabral de Melo Neto presente na música pop brasileira
Obra do poeta pernambucano inspirou clássicos da MPB e do Rock
João Cabral de Melo Neto, se estivesse vivo, faria 100 anos nesta quinta-feira (9). Por sua obra, o pernambucano é considerado um dos maiores poetas de língua portuguesa. Seu valor é tanto, que suas palavras ultrapassaram o campo literário. Além de referência para inúmeros escritores, ele inspirou a composição de músicas e até de álbuns inteiros, durante décadas. O LeiaJá separou cinco exemplos.
Chico Buarque
Em 1966, Airton Barbosa e Chico Buarque musicaram o poema Morte e Vida Severina, que tinha sido publicado em 1955. Esse foi o segundo álbum do cantor.
Paralamas do Sucesso
Em seu sétimo disco, lançado em 1994, Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone usaram a visão nordestina de João Cabral de Melo Neto para compor não só uma música, mas um álbum inteiro, batizado de Severino.
Cordel do Fogo Encantado
A banda pernambucana é carregada de poesia e como conterrânea de um dos maiores poetas do país, não poderia deixar João Cabral de Melo Neto de fora das influências. No disco O Palhaço do Circo sem Futuro, de 2002, eles já tinham gravado o poema Os Três Mal-Amados. Em Transfiguração, de 2006, beberam da fonte mais uma vez para modernizar o conto sobre o sofrimento nordestino na canção Morte e Vida Stanley.
Eddie
A banda olindense, em 2015, se rendeu ao poeta com um disco inteiro inspirado na sua obra, intitulado Morte e Vida.
Raimundos
Até gente que não tem nada a ver com poesia, chegou a reverenciar João Cabral de Melo Neto. A canção Bê a Bá, da banda de rock Raimundos, é politicamente incorreta, falando de drogas, brigas e cheia de palavrões, mas não deixa de ter uma citação à Morte e Vida Severina na letra.