Vertin Moura lança clipe de Pássaro Só no dia 24

Compositor arcoverdense dirigiu a própria vídeo-performance que conduz o trabalho

por Marília Parente sex, 16/08/2019 - 19:00
divulgação No clipe de "Pássaro só", Vertin performa diante da fatalidade da vida. divulgação

“Cria-se um ambiente, planeja-se o que vai acontecer, mas uma vez que foi dada a ação, começa-se um novo plano inesperado, criado na hora, improvisado”. É assim que o ator, músico e compositor arcoverdense Vertin Moura conceitua a ideia de vídeo-performance. Lançando mão de seus diversos talentos, o artista se prepara para divulgar o clipe da música “Pássaro Só”, a terceira das doze faixas de seu disco homônimo. O trabalho será exibido no encerramento da V Balada Literária da Bahia, em Salvador, no dia 24 de agosto, quando também será disponibilizado no Youtube.

“Numa manhã fria em São Paulo, encontrei João H Valer – artista visual responsável pela direção de arte e figurino –, e Lucas Carduz – fotógrafo e editor – para encenarem comigo o que chamo de ‘registro de acontecimento fatal’. Propus a eles um clipe que não tivesse como refazer, uma cena que só acontece uma vez e não tem volta, assim como a vida é. Vivemos situações parecidas na vida, mas nunca iguais no sentido exato, e assim podemos usar a experiência passada em nosso favor. Assim é feito o clipe, em cima da poética de fatalidade e da pequenez, do que não tem volta”, explica Vertin.

Assim, diante de um ambiente completamente branco, o corpo do artista, que interpreta o “pássaro resistente” interage com tinta vermelha para pintar uma narrativa visual irreversível. “João H Valer já tem um “colocar a mão na massa” no íntimo de usa profissão de artista plástico- visual, ter as mãos lavadas de tinta é coisa do seu dia-a-dia. Lucas Carduz já produzia um trabalho com sobreposição em fotografia e ai decidi levar a narrativa visual por este caminho, o que me parece ter levado o clipe de novo ao diálogo do limite e ilimitado, do controle e do descontrole, do voar livre e da prisão que é ter que fazer o caminho da liberdade sozinho. Por isso o muro, por isso a tintar jogada na cara, na hora, por isso as infinitas camadas que a sobreposição do vídeo traz e o vermelho que é sangue, que é vida, que dói, mas que salva”, completa Vertin.

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