R. Kelly se declara inocente de novas acusações
Caso venha a ser condenado, por denúncias que incluem abuso de uma menor de idade, o músico de 52 anos pode ser setenciado de seis a 30 anos por cada uma das acusações
O cantor R. Kelly se declarou inocente em relação as 11 novas acusações de crimes sexuais que foram apresentadas nesta quinta-feira (6) em um tribunal na cidade de Chicago, nos Estados Unidos.
Estas novas acusações têm relação com o processo aberto no início deste ano contra o artista de R&B por suposto abuso sexual.
Caso venha a ser condenado, por denúncias que incluem abuso de uma menor de idade, o músico de 52 anos pode ser setenciado de seis a 30 anos por cada uma das acusações.
Através de seu advogado, Kelly se declarou inocente durante uma breve audiência perante o juiz. O próximo comparecimento está agendado para 26 de junho.
Steve Greenberg, advogado do cantor, informou que as acusações apresentadas nesta audiência não estão relacionadas a nenhum caso novo.
"É o mesmo caso, só mudaram a acusação contra ele", disse Greenberg aos jornalistas, para em seguida voltar a criticar quem acusa Kelly, dizendo que "não são vítimas".
Para permanecer em liberdade, o cantor pagou 10% de uma fiança no valor de um milhão de dólares, segundo as leis do estado de Illinois.
O juiz responsável pelo caso não aumentou o valor da fiança apesar da gravidade das acusações, porque Kelly se apresentou à corte em todas as ocasiões em que foi citado.
Durante as duas últimas décadas, o artista foi acusado de diferentes casos de conducta sexual indevida, especialmente relacionadas a menores de idade.
Há 10 anos foi absolvido num julgamento por posse de pornografia infantil e conseguiu manter sua carreira artística estável.
Mas o cenário mudou após o lançamento do documentário "Sobrevivendo a R. Kelly", que estimulou promotores de Chicago a buscar publicamente potenciais vítimas do artista.
A promotoria afirma possuir um teste de DNA e um vídeo que provam que Kelly manteve relações sexuais com uma adolescente de 14 anos.
Boa parte dessas provas não foram apresentadas à defesa, disse o advogado Greenberg, acrescentando que não crê que o julgamento seja realizado neste ano.