Ator americano acusa Bolsonaro de censurar filme
Presidente usou o Twitter para rebater Kevin McHale e disse que "tem mais o que fazer"
O ator norte-americano Kevin McHale, famoso por atuar na série Glee, acusou o presidente Jair Bolsonaro de censurar um filme que trata sobre um processo de "cura gay".
A declaração gerou polêmica nas redes sociais e foi rebatida pelo brasileiro. O filme "Boy erased" estava previsto para estrear no circuito de cinema brasileiro na última quinta-feira (31), mas teve a premier cancelada um dia depois. Com isso, a história que conta a vida de um jovem que se submete a um tratamento batizado de "cura gay" nos Estados Unidos poderá ser vista apenas no streaming.
A decisão foi revelada pela distribuidora Universal e gerou polêmica entre os internautas nas redes sociais, que falaram em censura. Muitos acusaram a empresa de ter medo da onda conservadora que tomou conta do Brasil.
"Então começou. Boy Erased acabou de ser banido no Brasil. Bolsonaro é uma ameaça e um perigo para a comunidade LGBTQ+ no Brasil. Censurar um filme sobre os perigos da terapia de conversão é só o começo", publicou o ator no Twitter.
Bolsonaro, por sua vez, usou a mesma rede social para rebater as acusações e negar que tenha mandado censurar o longa. "Fui informado de que um ator americano está me acusando de censurar seu filme no Brasil. Mentira! Tenho mais o que fazer. Boa noite a todos", escreveu.
Em comunicado, a Universal afirmou que a decisão de cancelar ocorreu "única e exclusivamente por uma questão comercial baseada no custo de campanha de lançamento versus estimativa de bilheteria nos cinemas".
Da Ansa