Roger Waters censura nome de Bolsonaro em 2º show
Músico provocou mais uma vez a plateia de São Paulo
Após chamar o candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, de neofascista durante seu show em São Paulo na última terça-feira (9), o canto Roger Waters voltou nessa quarta-feira (10) ao Allianz Parque com uma provocação diferente. O ex-vocalista do Pink Floyd cobriu o nome do presidenciável na lista de críticas a governantes, mas inseriu uma faixa que dizia: "ponto de vista político censurado".
A mudança gerou confusão, tanto no show quanto nas redes sociais, com a maioria pensando que o músico tinha sido realmente censurado, mas na verdade, a escolha de sobrepor a faixa no telão foi uma decisão de Waters, representando uma crítica à situação política brasileira.
No show de ontem, o termo #EleNão - usado por críticos de Bolsonaro - não foi exibido durante as músicas "Eclipse" e "Mother", como ocorrera na apresentação de terça-feira. Mesmo assim, o público não deixou de se manifestar politicamente. Entre uma canção e outra, um coro de oposição a Bolsonaro era puxado pelo público, assim como gritos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em resposta.
Um grupo chamou atenção na arquibancada com uma longa faixa que dizia "Fuck you, Roger. Play the songs" (Vai se f***, Roger. Toque as músicas). A revolta por parte da plateia, somada ao clima de tensão, forçou os seguranças a pedirem que a faixa fosse abaixada a fim de evitar problemas maiores.
Antes de "Mother", Waters disse que a decisão de evitar o #EleNão no telão nessa segunda apresentação foi para impedir confusões entre o público, como as que aconteceram no show de terça.
O britânico, em sua maior turnê no Brasil desde 2002, passará ainda por Brasília (13), Salvador (17), Belo Horizonte (21), Rio de Janeiro (24), Curitiba (27) e Porto Alegre (30).
Da Ansa