Estátua em homenagem a Naná é alvo de vandalismo
O monumento, localizado no Marco zero, Bairro do Recife, teve o berimbau roubado
A estátua em homenagem ao músico Naná vasconcelos, localizada no Marco zero, Bairro do Recife, está há um mês sem o berimbau. A denúncia foi feita por Patrícia Vasconcelos, viúva do percussionista, que pede a Emlurb a manutenção do local. O monumento tem 4,5 metros de altura foi inaugurado em fevereiro deste ano e faz parte, ao lado de escritores e músicos, do Circuito da Poesia.
A peça custou R$ 35 mil e foi confeccionada pelo escultor Demétrio Albuquerque. Na época da inauguração, foi instalado um refletor em LED e uma placa informativa com QR Core, que fornece informações sobre a vida e obra de Naná. Em nota, a Emlurb lamentou o ocorrido e o classificou como ato de vandalismo. Confira o comunicado:
A Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) informa que está ciente do caso e irá registrar um Boletim de Ocorrência junto à Polícia para denunciar o ato de vandalismo praticado na estátua de Naná Vasconcelos, que está instalada no Marco Zero e faz parte do Circuito da Poesia. A autarquia lamenta que atos desse tipo danifiquem as obras de arte espalhadas pela cidade. A Emlurb já acionou o artista autor da obra para programar o reparo necessário.
O último grande processo de restauro pelo qual passou o Circuito da Poesia foi realizado em 2015 e teve investimento de R$ 115 mil. De lá pra cá, são executados consertos e reparos pontuais nos equipamentos que eventualmente são alvo de vandalismo. Liêdo Maranhão e Joaquim Cardozo foram os mais recentes, além de Naná Vasconcelos. No início desse ano, o projeto foi ampliado e o número de artistas homenageados passou de 12 para 17, com a instalação das esculturas de Ariano Suassuna (Rua da Aurora); Alberto da Cunha Melo (Parque 13 de Maio), Celina de Holanda (Avenida Beira Rio); Liêdo Maranhão (Praça Dom Vital) e Naná Vasconcelos (Marco Zero). O investimento nos cinco novos monumentos foi de R$ 150 mil. Além disso, houve a implantação das placas informativas em todas elas.
Com relação à estátua de Joaquim Cardozo, a obra foi removida para reparos, após ser encontrada completamente depredada. O conserto está em andamento e deverá custar cerca de R$ 9 mil. Por se tratarem de obras de arte, cada recuperação leva um tempo específico para ser concluída, de acordo com o trabalho do escultor das peças. A estátua de Liêdo Maranhão também foi retirada para reparos. Ambas deverão ser repostas no início do próximo ano.
Os atos de vandalismo causam prejuízos milionários à administração municipal. Somente para recuperar monumentos, pontes e edificações públicas que sofreram ações de pichação e vandalismo, por exemplo, a Prefeitura do Recife chega a gastar aproximadamente R$ 2 milhões por ano. A Prefeitura também teve que adequar seus serviços por conta dos roubos das tampas de ferro dos bueiros do centro da cidade.