It: A Coisa supera o original com roteiro e elenco afiados

Refilmagem da minissérie de 1990 estreia nesta quinta-feira (7) nos cinemas do Brasil

por Geraldo de Fraga qua, 06/09/2017 - 09:00
Divulgação It: A Coisa deve ser um dos filmes mais lucrativos do ano Divulgação

Todo remake vem pressionado pela sombra da obra original e quando o filme anterior é considerado um clássico pelos fãs, a situação piora. A minissérie IT: Uma Obra Prima do Medo, de 1990, é idolatrada até hoje, principalmente por conta do palhaço demoníaco Pennywise, que se transformou num ícone e é reconhecido até mesmo por quem nunca o viu em cena.

A nova versão da história do “Mestre do Terror” Stephen King, porém, conseguiu uma façanha que poucos filmes conseguem: superar o original. Por mais que o primeiro tenha sempre um lugar no coração dos apreciadores de horror, It: A Coisa (2017), chegou para ficar e deve ser um dos blockbusters mais lucrativos do ano.

A história é a mesma, no entanto, mas se passa nos anos 1980. Na pequena cidade de Derry, crianças começam a sumir sem explicação e os adultos parecem não perceber que algo de sinistro está acontecendo. Tudo muda, quando Bill Denbrough (Jaeden Lieberher) resolve tentar desvendar o mistério, já que se culpa por seu irmão mais novo ser um dos desaparecidos.

É aí que ele e seus amigos se deparam com a maléfica entidade que vive na cidade há décadas, se alimentando das crianças sequestradas. Mas It não é apenas um filme de meninos contra um monstro, é uma metáfora muito bem elaborada sobre o medo infantil. Mas não espere nada meigo ou piegas, a coisa pega de verdade, com temas bem espinhosos para se colocar em uma obra de ficção.

A direção de Andy Muschietti não poupa o espectador de violência e ainda sabe dosar os momentos de tensão e alívio cômico. O roteiro bem amarrado faz a história fluir no ritmo certo ao longo das suas 2h25, sem fazer a história esfriar. Some-se a isso um elenco infantil ótimo, várias pitadas de Stranger Things e temos um sucesso comercial competente ao extremo.

A missão mais difícil, no entanto, era fazer o novo Pennywise ser tão assustador quando o interpretado por Tim Curry, lá nos anos 90. Seria heresia dizer que Bill Skarsgård o superou, é melhor afirmar que ele fez o seu trabalho de forma competente e, como vilão de uma nova geração, será lembrado. Ao final, os créditos nos avisam que esse foi apenas o primeiro capítulo da história. Pennywise volta em breve. Que bom.

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