'Ato fascista tirar os filmes', diz produtor de Plano Real
De acordo com o criador do longa 'Real, o plano por traz da história', os realizadores que saíram do Cine PE devem morar em gueto
Na noite desta terça-feira (27), o Cinema São Luiz, localizado Centro da capital pernambucana, recebeu a 21ª edição do Cine PE. Entre as exibições apresentadas, o público pode conferir os curtas 'Los Tomates de Carmelo' e 'Diamante, o Bailarina'. Já a abertura do longa ficou por conta do filme 'Real, o plano por traz da história' - um dos filmes que motivou sete realizadores retirarem os trabalhos da mostra competitiva.
De acordo com os cineastas, o festival favorecia um discurso partidário alinhado à direita conservadora. A decisão foi tomada devido à escolha dos longas 'Real, o plano por traz da história' e 'O Jardim das Aflições'. Em entrevista ao LeiaJa.com, um dos produtores do filme que aborda o Plano Real, Ricardo Rihan defendeu o seu trabalho e criticou a atitude dos realizadores que saíram da mostra.
"O cinema, ultimamente, só retrata as mazelas do País. Já o Plano real apresenta uma conquista muito importante e que precisa ser apresentada para os jovens. Além disso, se o filme defender uma ideia partidária, qual o problema", questionou Ricardo Rihan, que criticou também a decisão dos realizadores. "A cultura tem que ser plural! Essa atitude foi infeliz, espero que eles tenham se arrependido", disse.
Ainda em entrevista, Rihan apontou ato como Fascista. "Eles perdem em não participar do Festival, devido à atitude Fascista que prima apenas por um único pensamento. Acho que eles devem viver em um gueto", concluiu.