Rômulo Neto deixa emoção de lado para interpretar Jesus

Ator demostrou estar muito mais preocupado com o processo técnico do que 'viver' o personagem

por Roberta Patu sab, 08/04/2017 - 08:50
Paulo Uchôa/LeiaJáImagens Abertura da Paixão de Cristo iniciou nesta sexta-feira (7) Paulo Uchôa/LeiaJáImagens

Receber o convite para interpretar o personagem de Jesus Cristo, na Paixão de Cristo, de Nova Jerusalém, pode ser considerado para muitos artistas uma honra. Na maioria das vezes, os atores que têm a oportunidade de viver Jesus transparecem emoção e exaltam, muitas vezes, até uma preparação espiritual.

Diferente das últimas temporadas da Paixão de Cristo, o ator que interpreta Jesus este ano, Rômulo Arantes Neto, não externou emoção ao estar no maior teatro a céu aberto, durante coletiva de imprensa. 

Em meio as perguntas feitas pelos jornalistas, Rômulo demostrou estar muito mais preocupado com o processo técnico do que 'viver' o personagem e demonstrar mais proximidade com Jesus. Quando questionado como foi receber o convite e como foi a sua preparação, Neto respondeu de forma direta e distante.

"Eu recebi um telefonema para interpretar Jesus e a partir daí começei a estudar", falou. Ainda em entrevista, Rômulo falou que é muito perfeccionista e que por essa preocupação, a emoção pode ficar um pouco de lado. "São ínumeras coisas que temos que pensar e nos preparar. São as músicas, as entradas da gravação e a encenação e tudo acontece tão rápido que fico mais preocupado em tudo dar certo", justificou.

Quando questionado sobre a grandiosidade do local, a relevância histórica do lugar e o sentimento de estar no local, o ator falou. "Eu tiro o chapeu para Plínio Pacheco. Realmente, ele foi um corajoso e visionário de acreditar em um sonho dessa magnitude", elogiou.

Em relação ao ator ser o Jesus dos 50 anos da Paixão de Cristo, Rômulo reforçou que é uma responsabilidade muito grande e que ele nunca se apresentou para um público tão expressivo. "Lembro que o máximo de público que me apresentei foi de 1.700. Hoje tem muito mais que isso. Confesso que é uma responsabilidade muito grande e um desafio constante que sempre fico me avaliando e vendo o que posso melhorar", finalizou

Diferente do colega de trabalho, as atrizes Adriana Biroli (Madalena) e Letícia Birkheuer (Maria) se emocionaram ao falar da participação no espetáculo e dos personagens interpretados. Letícia Birkheuer, que chegou ainda chorando de emoção, relatou que o papel era muito impotante porque reforça a história religiosa da família. "Sempre fui à igreja e estudei em escolas de freiras. Esse é um dos motivos de estar tão emocionada. Além disso, estar aqui, num lugar tão grandioso, e viver Maria é algo muito forte", falou.

Já a triz Biroli apontou a força da personagem. "Madalena é uma mulher muito forte e foi uma das pessoas que propagou o amor de Jesus por onde andou. Eu, particularmente, acredito que precisamos buscar o amor todos os dias e poder interpretar ele é uma experiência única", disse emocionada. 

Quem também falou com encantamento da Paixão de Cristo foi Jesus Luz, Joaquim Lopes e Raphael Vianna. Os atores que interpretaram apóstolo João, Pilatos e Herodes respectivamente, falaram de suas responsabilidades, dificuldades e encantamento pelo local.

O ator Jesus Luz, que contou com a ajuda da mãe para trabalhar o personagem, revelou que o mais difícil é conseguir sincronizar a dublagem com a encenação. "É tudo muito grandioso e por isso tão especial. Mas, quando se fala de desafio, acredito que o mais difícil é conseguir trabalhar o tempo com as marcações das falas", contou.

Para Raphael Vianna, estar na Paixão foi uma experiência até então nunca vivida. "Foi uma surpresa ter sido convidado e ainda mais quando descobri que foi o Antônio Calloni que interpretou o personagem, ou seja, a minha responsabilidade dobrou", falou.

Já Joaquim Lopes confidenciou que a Paixãos de Cristo é uma homenagem à avó. "Minha querida avó, que já é falecida, sonhava em poder estar aqui, mas infelizmente, não conseguiu. Por isso, é tão especial e único viver essa emoção", concluiu.

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