Ziraldo faz a alegria da criançada na Feira do Livro
Criador do "Menino Maluquinho" participou de Sarau Literário em escola de Belém, dentro da programação do evento
“Não existe criança diferente em cada época, o que existe é o mundo ao redor da criança, mas ela precisa ser sempre maluquinha.” Foi assim, falando da energia e da necessidade de permitir que os pequenos vivam cada dia de suas infâncias, que o escritor mineiro Ziraldo falou aos pais, professores e alunos presentes durante o Sarau Literário realizado na Escola Lar de Maria, na sexta-feira (3), dentro da programação da Feira Pan-Amazônica do Livro.
Durante dois meses os alunos escolheram e trabalharam os livros de Ziraldo para fazer apresentações ao autor dentro do Sarau Literário. As crianças utilizaram colagens, pinturas, apresentações de coreografias da trilha sonora da “Turma do Pererê” (Programa de TV exibido pela TV Brasil entre os anos de 2002 e 2004) e do filme “O Menino Maluquinho”.
Ziraldo se emocionou com a apresentação. “Eu estou muito feliz de estar aqui. Estou sendo olhado com muito carinho e isso já justifica minha presença aqui em Belém, uma cidade que já visito há 10 anos e que, se dependesse de mim, eu viria todo o ano, inclusive para o Círio de Nazaré”, disse o escritor.
Para o adolescente Lucas Eduardo Silva, de 12 anos, estudante do 5º ano no Lar de Maria, o livro “O Menino Maluquinho” foi o mais importante que leu durante o período de estudos do projeto de leituras das obras de Ziraldo. “Ele escreveu esse livro para todo mundo ler. Quando eu li achei que o ‘Menino’ era importante para mim”, declarou o estudante, que também é “repórter-mirim” do projeto “Despertar para Cidadania”, desenvolvido na escola.
Outro Brasil - Para a coordenadora de cultura da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), Ana Cataria Brito, o Sarau Literário “aposta firmemente na construção de outro Brasil”. Assim como ela, Ziraldo acredita nesta nova construção desde que se respeite o tempo da criança para que ela tenha condições de ser um adulto que saiba exercer sua cidadania.
“A criança tem uma energia que nós não temos. A criança tem que ser maluquinha. Então, toda vez que você corta o ‘barato’ dela, você faz muito mal a ela. Você tem que prestar atenção no seu filho e não querer que seu filho raciocine igual a você. Tem que esperar, tem que ajudar. A pior coisa que você pode fazer pelo seu filho é dizer: estou preparando o meu filho para o futuro. Você está estragando a felicidade do seu filho”, ensinou Ziraldo.
Com informações da Ascom Feira do Livro.