Morre o humorista Chico Anysio

Um dos mais importantes humoristas do Brasil estava internado desde dezembro de 2011

por Alexandra Gappo sex, 23/03/2012 - 15:04 Atualizado em: sex, 23/03/2012 - 16:41
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O Brasil perdeu um dos seus maiores incentivadores do riso nesta sexta-feira (23), o humorista Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho, o Chico Anysio. Ator, escritor e dublador, Chico foi internado no dia 22 de dezembro de 2011 após uma infecção no aparelho digestivo e, posteriormente, foi diagnosticado com pneumonia. Ele havia apresentado uma piora nas funções respiratórias e renal na última quarta-feira (21) e, de acordo com informações da TV Globo, após ser internado com uma infecção pulmonar o humorista chegou a sofrer duas paradas cardíacas mas não resistiu e faleceu na tarde desta sexta.

Desde 2010, quando teve sua primeira entrada na UTI do Hospital Samaritano, na zona sul do Rio, o ator vinha sofrendo de falta de ar devido a uma obstrução da artéria coronariana.

O cearense de 80 anos se tornou um dos símbolos mais importantes do humor brasileiro. Começou sua carreira como locutor e comentarista de futebol na Rádio Guanabara na década de 1950 e fez sua fama na TV Rio, no programa Noite de Gala e em Chico Total, em 1959, onde estreou um dos mais lembrados personagens de sua carreira, o Professor Raimundo.

Chico escrevia diálogos e interpretava seus próprios textos nas rádios e em seu programa na TV. Trabalhou e dirigiu os maiores nomes do riso no país, como Paulo Gracindo, Grande Otelo, Costinha e Jô Soares, entre outros.

Estreou na TV Globo em 1969 e lá permaneceu até hoje. Ao todo foram 16 programas de sucesso, por onde passaram seus personagens mais marcantes: Salomé, Painho, o famoso Profeta, Alberto Roberto, Bento Carneiro, Bozó, Delegado Matoso, Dona Dedé, entre tantos outros – foram mais de 200 criados e interpretados pelo próprio Anysio. Foi casado cinco vezes e surpreendeu a todos ao anunciar o seu sexto casamento, com sua fisioterapeuta, Malga di Paula, 40 anos mais jovem que o ator.

Com 65 anos de carreira, o comediante deixa oito filhos, mais de 200 personagens e um legado sem igual no humor brasileiro, agora menos engraçado.

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