Improviso e interação em cena

Público dá o tom do espetáculo em "Jogo Coreográfico", realizado pelo Acupe Grupo de Dança

seg, 19/03/2012 - 11:03
Marionaldo Junior/LeiaJá Imagens Idealizado pela coreógrafa carioca Lígia Tourinho, o projeto já percorreu diversos estados brasileiros Marionaldo Junior/LeiaJá Imagens

Uma mistura de dança, improvisação e interatividade. Neste domingo (18), o Acupe Grupo de Dança (PE) levou para o palco do Teatro Hermilo Borba Filho a segunda e última apresentação de “Jogo Coreográfico”, projeto dirigido pela coreógrafa, atriz e pesquisadora em artes cênicas, a carioca Lígia Tourinho.

Com duração de 40 minutos, a brincadeira é dividida em dois momentos. No primeiro, os seis dançarinos (Paulo Henrique Ferreira, Mieja Chang, Kizer Carvalho, Roberta Cunha, Fernanda Lôbo e Fláira Ferro), trajando uma roupa de cor específica, explicam as regras para a plateia, que deverá assumir as vezes de coreógrafos.

Cada coreografado é responsável por um movimento-padrão, chamado “partitura coreográfica”, podendo também realizar uma série de movimentos através de ordens dadas pelo público, como caminhar, correr, gritar, entre outros, tudo isso ao som de uma trilha sonora escolhida numa mesa repleta de CD’s dos mais variados gêneros. A partir daí, a criatividade dá o tom do espetáculo. Parte do público é contida na escolha das trilhas e dos movimentos a serem realizados. Outra parte se solta, criando momentos verdadeiramente cômicos.

“Jogo Coreográfico” surgiu há sete anos no Rio de Janeiro, e já percorreu diversos estados do País. A parceria com o Acupe, que possui no currículo os espetáculos “Coreológicas Recife” e “5 Minutos para Blackout”, se deu num encontro entre Lígia Tourinho e Paulo Henrique Ferreira, fundador da companhia. Segundo ela, o espetáculo “é  um  exercício  sobre  o  ato  de  coreografar  e  ser  coreografado,  uma proposta pedagógica que envolve pressupostos e fundamentos estruturados a partir do diálogo, da concretização  dos  acasos,  da  tentativa  de  vivenciar  o  tempo  presente  –  o  aqui  e  agora.”

 

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