Fashion Rio gera negócios para grifes
Semana de moda não é só o vaivém das modelos nos desfiles; é, acima de tudo, negócio. E o negócio no Rio de Janeiro anda bem das pernas. Os dois salões realizados simultaneamente ao Fashion Rio, o Rio-à-Porter e o Fashion Business, que terminam amanhã, vêm compilando bons resultados. Ao que tudo indica, será superada a cifra de R$ 1,3 bilhão dos eventos passados (somados os dois).
Os números do Fashion Business não foram fechados, mas, segundo sua coordenadora, Eloysa Simão, as vendas estão tão boas que parte das grifes igualou seus rendimentos aos fechados na de primavera-verão, em junho passado - estas temporadas são sempre muito mais robustas, dada a vocação natural do País tropical.
"O outono-inverno é uma estação menor, que responde por 1/3 das vendas das marcas apenas. O evento se firmou no calendário, o Rio já é passagem obrigatória. As pessoas gostam de vir a trabalho para cá, porque a cidade permite o relaxamento", disse. O movimento estimado é de 20 mil lojistas. Mil, considerados vips, tiveram passagem aérea e hospedagem pagas.
No Rio-à-Porter, de acordo com a organização, o crescimento em relação ao inverno 2011 chegou, em alguns casos, a 30%, isso já no primeiro dia. A maior parte dos lojistas vem de perto, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. Hoje, a passarela do Fashion Rio - que só acaba sábado - foi aberta pela leveza da coleção de Bianca Marques inspirada na bailarina Ana Botafogo. A estilista, que fez sua estreia, a chamou para abrir (de tutu e sapatilha de ponta) e fechar (com uma peça da coleção) a apresentação, que reproduziu a leveza do universo do balé, nos materiais (seda, tule, cetim), clima (romantismo, fluidez) e estampas (de cisnes e flores).