Participante do Enem é preso por equívoco no Recife
Candidato não conseguiu finalizar a prova e foi levado à delegacia
Um homem foi retirado por equívoco da sala de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), neste domingo (5), por policiais militares que tinham um mandado de prisão contra uma pessoa com o mesmo nome e data de nascimento que ele.
O caso aconteceu na escola Assis Chateaubriand, no bairro de Brasília Teimosa, na Zona Sul do Recife. Marcos Antonio Gomes da Silva, que tem 50 anos, contou ao G1 que já estava na 30ª questão do exame quando o fiscal da sala o chamou para assinar um documento fora de sala.
Quatro policiais militares abordaram Antonio Gomes com uma ordem de prisão, que deixou o candidato surpreso, pois o nome e a data de nascimento era a mesma. Porém, ainda na escola, os policiais perceberam que os nomes dos pais eram diferentes. Marcos foi levado à delegacia e foi liberado pelo delegado de plantão, ao ver as divergências nos dados de filiação.
A Polícia Federal (PF) e Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE) encaminharam uma nota conjunta ao LeiaJá que explica que a ação foi fruto do cruzamento de dados entre a PF e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Nestes dados, duas pessoas inscritas no Enem foram identificadas com mandados de prisão em aberto.
“O primeiro, na Faculdade Alpha, que foi cumprido; e o segundo, na Escola Assis Chateaubriand, ambos no Recife. Considerando que estava ativado o Centro Integrado de Comando e Controle Estadual para acompanhamento da realização do ENEM, com a presença de forças de segurança municipais, estaduais e federais, a Polícia Militar foi requisitada a dar cumprimento aos mandados”, detalha a nota.
O SDS-PE e a PF ainda reforçaram que “as diligências seguiram e foi verificado que o CPF do candidato com filiação divergente, possui um alerta junto ao sistema de procurados e impedidos da Polícia Federal oriundo da Justiça estadual da Paraíba, motivo pelo qual ainda estão sendo realizadas diligências. Maiores informações serão repassadas oportunamente”.
O candidato alegou não ter mais condições psicológicas e emocionais para finalizar a prova e ainda não sabe se irá realizar a reaplicação em dezembro, por ainda estar muito abalado com o acontecimento. O homem irá entrar na Justiça com ação para conseguir indenização por danos morais.