Entenda como funciona a correção do Enem
O sistema de correção do exame não segue parâmetros convencionais
Adotando um modelo estatístico, a metodologia de correção do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não segue os parâmetros convencionais de cálculo. O sistema chamado Teoria de Resposta ao Item (TRI) é o responsável pela apuração do desempenho individual dos candidatos que realizaram o exame.
Diferente da correção tradicional, com notas que vão de zero a 10, o TRI não permite que o participante preveja os resultados obtidos em cada avaliação. Isso porque as questões são, previamente, testadas e recebem pesos distintos. Logo, estipula-se uma média nacional de cerca de 500 pontos. Neste cenário, o participante que tem mais questões certas, do que a média nacional, cresce na pontuação.
Chutes
Não é pouco comum um estudante relatar que "chutou" algumas respostas na avaliação. No entanto, o comportamento do candidato não passa despercebido pelo sistema de correção do Enem. Ao constatar que o participante "chutou" uma resolução, o TRI tira o peso da questão, mas não a zera.
A metodologia adotada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) parte da premissa de que se o estudante errar um quantitativo expressivo de questões, consideradas pelo sistema, fáceis, logo, não teria como resolver proposições mais complexas.
Gabaritei uma prova, vou tirar mil?
O desempenho do participante em uma área do conhecimento do Enem ai depender do nível de dificuldade das questões, como também, da análise comportamento do estudante ao resolvê-las. Neste contexto, as notas, máxima e mínima, não são pré-estabelecidas. Apenas na prova de redação é que o aluno pode atingir notas que variam entre zero e 1000 pontos.