Enem não abordou a Covid-19, diz professor
Segundo Fernando da Espiritu Santo, gerente de Inteligência Educacional e Avaliações do Poliedro, o Exame seguiu a tendência de ser uma prova neutra
As provas impressas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), edição 2020, não abordaram a pandemia da Covid-19 no primeiro e no segundo dia de aplicação. Nem mesmo matéria de biologia, onde mais se tinha expectativas de menção à doença, tocou no assunto.
Segundo o gerente de Inteligência Educacional e Avaliações do Poliedro, Fernando da Espiritu Santo, a prova de Ciências da Natureza teve um bom equilíbrio no número de questões para cada disciplina. Na parte de biologia, segundo ele, o que mais chamou atenção foi uma questão sobre manipulação genética.
“Sem abordar a pandemia, o segundo dia do Enem seguiu a tendência de ser uma prova neutra e cobrou arroz com feijão dos alunos. Não teve questões com vírus e doenças relacionadas, a não ser uma questão sobre manipulação genética de uma variação de soja capaz de prevenir a contaminação pela Aids”, disse ele.
Além de genética, Fernando também destacou outros temas comuns à prova que apareceram nesta edição. “Na prova de biologia destaca-se a presença de três questões, abordando os impactos ambientais da exploração do petróleo, e os demais temas foram dentro do esperado: tipo sanguíneo, genética, dinâmicas das populações de seres vivos. Foi uma prova bem equilibrada”, afirmou.
Com a ausência de questões sobre a pandemia, a prova do Enem vai seguiu uma linha diferente da prova da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que abordou questões sobre Covid-19, racismo, desmatamento, SUS e feminismo negro, entre outros temas atuais.
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