Ansiedade compromete desempenho de estudantes no Enem

Perto das provas, candidatos enfrentam o aumento da tensão e do nervosismo. Se não for controlada, a emoção pode se tornar um fator de risco.

qua, 30/10/2019 - 16:50
LeiaJáImagens/Arquivo Aulão do Enem: na reta final, controlar a ansiedade é fundamental LeiaJáImagens/Arquivo

Com o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) na porta, os fantasmas emocionais rondam os candidatos. Um deles, a ansiedade está no topo da lista.

A ansiedade apresenta sintomas físicos e cognitivos. Causa desde o aumento de batimentos cardíacos, suor, dores de cabeça, até dificuldade de atenção, apreensão e uma série de reações.

Segundo Gabriela Souza de Nascimento, psicóloga, mestra e doutora em Teoria de Comportamento, o indivíduo ansioso pode apresentar baixo rendimento em suas atividades. “É muito comum alunos ficarem ansiosos próximo de exames. Existem pessoas que ficam em um nível de ansiedade tão grande que acabam tendo baixo rendimento”, disse.

De acordo com a psicóloga, muitas vezes os estudantes acabam se sentindo ansiosos porque irão ser colocados em teste. “A pessoa se prepara estudando vários assuntos, mas não sabe se todos os conteúdos vão ser cobrados. O ideal é que o estudante consiga criar um plano de estudo que se adeque a ele”, destacou.

Na visão de Alexandre Pereira, estudante que irá prestar o Enem, o nervosismo de fazer a prova atrapalha e nessas horas é difícil de se controlar. “Adquiri ansiedade quando comecei a me preparar para o Enem. É grande o cansaço para tirar uma boa nota e conseguir o tão sonhado curso. Às vezes fico trêmulo e com vontade de chorar. Nessas horas, meus pais são com quem eu mais conto. Uma palavra positiva é confortante nessas horas”, afirmou.

Para a psicóloga, não é normal o estudante estar o tempo todo ansioso e ter dificuldade para se concentrar no conteúdo. “É necessário ir em busca de um profissional que atue na área da saúde mental. Quando isso começa a ocorrer de uma forma frequente, observa-se um prejuízo no cotidiano do indivíduo. Então é o momento de ir atrás de ajuda”, explicou.

Com reportagem de Quezia Dias.

COMENTÁRIOS dos leitores