. Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo

Nesta segunda-feira (1º), é comemorado o Dia da Mentira. No Brasil, o costume mais tradicional é realizar pegadinhas contando falsas verdades para as pessoas. A data tem origem muito antiga, por volta do século 16, e trata da mudança de calendário realizada pelo então rei da França, Carlos IX. O monarca instituiu o calendário hoje conhecido como gregoriano. Na época, o Ano Novo era comemorado durante uma semana, entre os dias 25 de março e 1º de abril.

A partir da mudança, o réveillon passou a ser celebrado em 1º de janeiro. Entretanto, muitas pessoas resistiram à alteração e continuaram comemorando a passagem de ano em abril. Os que já estavam adaptados ao novo calendário zombavam dos resistentes com convites falsos para festas de Ano Novo e presentes inusitados.

No mundo ocidental, mesmo com a adaptação já realizada do calendário gregoriano, o dia 1º de abril continua sendo comemorado com piadas, brincadeiras e presentes diferentes. Nem mesmo o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) escapou das mentiras. Apesar de não serem contados exatamente em função da comemoração da data, muitos boatos sobre mudança na aplicação das provas, proibição de porte de celulares, alterações na redação, entre outros, são ditos diariamente aos estudantes.

Segundo a professora de química Gabriela Sá, entre os boatos mais contados sobre a prova está a proibição do porte de celular durante a aplicação do Enem. “Não é proibido (levar celular), mas ao entrar na sala de realização da prova o estudante recebe um saco plástico com lacre para colocar todo seu material eletrônico. É recomendável também que o estudante só o abra ao sair do prédio da realização da prova”, explica a docente.

Professor de linguagens, o docente Felipe Rodrigues destaca que o Enem é alvo de muitas mentiras referentes à gramática “Uma falácia muito contada é que, no Enem, não cai gramática. Isso é mentira, cai gramática sim. Ano passado, questões como variação linguística, sentido de idioleto e tipos e gêneros textuais claros. Não foi interpretação, mas noções de tipologia textual, como texto narrativo. Quem não soubesse esses conteúdos, erraria a questão”, salienta Rodrigues.

De acordo com a professora de redação Josicleide Guilhermino, uma das mentiras contadas sobre o Enem é que não se pode criticar o governo nas redações. “A crítica é válida no texto, se bem fundamentada dentro das regras prescritas. O que não pode são os extremismos e o posicionamento sem a devida fundamentação”, explica a professora.

Confira no vídeo algumas verdades e mentiras sobre o Enem: