Professores municipais de Olinda decretam greve
A categoria pede reajuste salarial, melhores condições de trabalho, entrega das cadernetas de 2018 e cumprimento do Plano de Cargos e Carreiras
Os professores da rede municipal de ensino de Olinda deflagraram greve por tempo indeterminado na noite desta quarta-feira (6). A categoria reivindica reajuste salarial de 6,81% com retroativo ao mês de janeiro, conforme determina a lei federal, melhores condições de trabalho e o cumprimento do Plano de Cargos e Carreiras e Valorização.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Professores da Rede Municipal de Olinda (Sinpmol), Wildson Cruz, desde janeiro o sindicato se reúne com o governo, que teria passado meses sem apresentar nenhuma proposta e, na última negociação, ofereceu reajuste de 3% a partir do mês de setembro, levando a categoria a decidir pela greve por tempo determinado após realizar uma assembleia.
Wildson afirma que o acompanhamento pedagógico está prejudicado porque as cadernetas não foram entregues, que os aumentos bienais de salário previstos no Plano de Cargos e Carreiras não são concedidos desde 2016 e que há escolas que não oferecem condições dignas de estudo e trabalho.
Como exemplo de situação irregular, ele cita a Escola São Francisco, em Águas Compridas, que de acordo com o presidente do sindicato “foi interditada pela Defesa Civil porque tem uma barreira prestes a desabar por trás da escola, mas está tendo aula”.
Manifestações
Na manhã de quinta-feira (7) os professores farão uma caminhada “de luto”, acompanhados de carro de som, próximo à Prefeitura de Olinda e pelas escolas dos bairros de Bultrins, Ouro Preto, Rio Doce, Alto da Conquista, Alto da Bondade e na Avenida Presidente Kenedy.
De acordo com o presidente do sindicato, o objetivo é conscientizar outros professores e as famílias dos estudantes a respeito das razões da deflagração da greve, além de fazer a comunidade escolar de Olinda entender e apoiar a causa.
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