Esquema de fraude em concurso tinha participação de PMs
Os candidatos envolvidos no esquema pagariam dez vezes o valor do salário inicial para o cargo do concurso: R$ 3.747,29
Intitulada "Boa Fé", uma operação da polícia terminou com a prisão de 22 pessoas acusadas de tentar fraudar o concurso publico para Agente Penitenciário, realizado no ultimo domingo (1), no Ceará. Policiais militares e um guarda municipal de Fortaleza estavam envolvidos no esquema.
O PM Glaudemir Ribeiro do Nascimento, 35 anos, foi identificado como líder da ação criminosa. Ele era o responsável por resolver a prova e em seguida passar o gabarito para outros comparsas, o também PM Albanir Almeida Vasconcelos, de 32 anos, e o Guarda Municipal de Fortaleza, Aurélio Moraes da Silva, de 35 anos. O plano era dar as respostas aos candidatos via ponto eletrônico.
Segundo delegado Harley Alencar, depois da aprovação, os candidatos envolvidos no esquema pagariam dez vezes o valor do salário inicial para o cargo do concurso: R$ 3.747,29. Com isso, o trio receberia 37 mil de cada 'cliente'.
A quadrilha planejava fraudar também o concurso do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) previsto para ser realizado em janeiro de 2018.
Os candidatos presos foram liberados mediante pagamento da fiança de R$ 5 mil, mas todos seguirão respondendo ao processo. Os policiais e o guarda municipal vão responder a processo administrativo podendo ser expulsos das corporações.