Ocupa UFPE se posiciona contra depredações
Por meio de nota divulgada na página da ocupação na última sexta-feira (30), o movimento destaca que as depredações não faziam parte de decisões tomadas em assembleia e que é um ato isolado
O movimento Ocupa UFPE divulgou uma nota em sua página do Facebook, na última sexta-feira (30), se manifestando a respeito das depredações e acusações de furtos nos centros de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) e de Artes e Comunicação (CAC).
No texto, o movimento afirma que o ocorrido nos dois centros não foi uma decisão tomada em assembleia e vai contra a diretriz do movimento de criar "um modelo alternativo de Universidade, verdadeiramente inclusiva e democrática" sendo, portanto, "acontecimentos isolados que não caracterizam a ocupação" uma vez que foram 11 centros ocupados no campus e em apenas dois ocorreram problemas.
Também foram destacadas na nota oficial as atividades educativas e culturais promovidas nos centros pelos ocupantes, que afirmam ter buscado integrar a universidade com a comunidade: "foram promovidas oficinas, cine debates, aulas públicas, exposições, aulões pré-Enem, peças teatrais, saraus, atividades de cuidado e saúde, atividades esportivas, mutirões de limpeza etc.".
No que diz respeito às depredações em salas de professores, o movimento se põe contrário, mas afirma ser necessária maior reflexão sobre os motivos que levaram a isso uma vez que, segundo eles, "é perceptível que os professores alvo possuem longo histórico de denúncias de assédio moral e/ou sexual, racismo, machismo, LGBTfobia, autoritarismo e casos de agressão. Repudiamos tais práticas, bem como o silêncio e indignação seletivas da grande mídia e parte da comunidade acadêmica".
O movimento ainda afirma que o grupo não atingiu seu objetivo final, mas teve ganhos para os estudantes: "Obtivemos, além de conquistas internas dos centros, ganhos gerais, como o arquivamento dos processos contra estudantes, manutenção do preço do Restaurante Universitário e criação de quatro Grupos de Trabalho". Ao final, afirmam que o movimento estudantil continuará mesmo com o fim das ocupações.
Confira a nota na íntegra:
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