Aplicação tem aulas suspensas e estudantes protestam
No site do CAp, um informativo diz que a suspensão ocorreu por ordem da Reitoria da UFPE, como forma de prevenção para que o Colégio não seja ocupado
As atividades do Colégio de Aplicação (CAp) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) foram suspensas nessa quarta-feira (9). No site do CAp, um informativo diz que a suspensão ocorreu por ordem do reitor Anísio Brasileiro, e que o retorno às aulas está marcado para próximo dia 16. Informações dão conta de que se trata de uma medida de prevenção para que a unidade escolar não seja ocupada, uma vez que a grande maioria dos alunos do Colégio é menor de idade.
De acordo com a assessoria de imprensa da UFPE, integrantes do CAp se reuniram com representantes da Reitoria da Universidade. No final do encontro, houve consenso pela suspensão das aulas. Porém, estudantes do Aplicação realizaram um protesto, na tarde desta quinta-feira (10), contra a paralisação, alegando que se trata de uma estratégia para enfraquecer atos estudantis contra a PEC do Teto, como as ocupações.
“Quando perceberam que os alunos estavam mobilizados, resolveram suspender as atividades. É uma tentativa de desmobilizar os estudantes e há também um movimento dos próprios pais contra mobilizações. Nós somos contra os cortes da assistência estudantil e contra a reforma do ensino médio”, disse uma estudante do CAp que preferiu não se identificar.
O professor de espanhol do CAp, Moacir Espar, informou que apesar da suspensão, tanto a diretoria do Colégio quanto os próprios docentes são favoráveis às ocupações. Ele também descreveu como a comunidade escolar ficou sabendo da paralisação. “Foi um comunicado rápido, informando que foi uma ordem da Reitoria. Há informações de pais que estavam inseguros em deixar os filhos aqui por causa das ocupações e movimentos. Nós fomos pegos de surpresa, inclusive a própria diretoria. Nós professores e a diretoria do Colégio de Aplicação somos a favor das ocupações”, disse o professor.
Apesar da orientação da Reitoria pela suspensão das aulas no CAp, o próprio reitor Anísio Brasileiro se posicionou contra a PEC do Teto. Para Brasileiro, a proposta pode prejudicar as universidades.
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