História no Enem é marcada por restrição de assuntos
O professor Henrique Virgínio, conhecido como Pimpão, afirma que disciplina teve como característica pouca interdisciplinaridade
A prova de história do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizada neste sábado (5), foi abaixo do esperado, segundo o professor Henrique Virgínio, conhecido como Pimpão. De acordo com o docente, a disciplina teve como característica pouca interdisciplinaridade.
As questões abordaram mais o conteúdo de História do Brasil. “Na nossa análise, por exemplo, das 14 questões que abordaram o conteúdo de história, nove foram do Brasil, duas de História Geral e três interdisciplinares, que envolviam história e geografia e história e sociologia”, comenta Pimpão.
Ainda segundo o docente, a prova teve um viés muito objetivo. “Ela foi muito direta e isso muitas vezes contradiz a proposta do próprio Enem”, explica o professor Pimpão. Já os conteúdos de Idade Média e Idade Moderna não apareceram na prova e a Idade Contemporânea foi o período mais abordado.
“Uma prova que traz sua obrigatoriedade de todo o conteúdo do primeiro, segundo e terceiros anos do ensino médio privilegiou pequenas partes”, criticou o professor de história. “Isso não é justo para o fera. O Enem exclui quase dois mil anos de história”, completa Pimpão.
Além de tudo isso, o professor ainda acrescenta que as respostas eram confusas. “A parte de História do Brasil, em alguns aspectos, teve uma certa duplicidade nas respostas. O fera mais atento conseguiria passar mais facilmente”, finaliza Pimpão.
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