Professores das escolas estaduais voltam a fazer greve
Categoria suspendeu a paralisação no último dia 4 na esperança de que o Governo de Pernambuco fizesse propostas salariais concretas. Porém, os professores queriam, no mínimo, um reajuste salarial de 13,1% para todos os educadores. O Governo sugeriu só 7,1%.
Docentes da Rede Estadual de Ensino de Pernambuco voltaram a decretar greve, após assembleia realizada pela categoria na manhã desta quinta-feira (21), no Recife. O Clube Português recebeu cerca de 2 mil trabalhadores e a maioria, descontente com as propostas salariais do Governo do Estado, chegou à decisão de cruzar os braços novamente por tempo indeterminado. A paralisação iniciará no próximo dia 29.
Neste ano, a primeira greve dos professores estaduais iniciou no dia 13 de abril, porque o reajuste de 13,1% no salário dos docentes foi dado pelo Governo apenas para os profissionais com magistério, que representa a minoria dos trabalhadores. A grande massa, mais de 45 mil servidores, tem ensino superior e não recebeu o aumento. Porém, no último dia 4, a categoria suspendeu a greve na esperança de que o Governo cumprisse algumas promessas, entre elas o aumento salarial. Entretanto, a sugestão do Governo foi bem inferior e não agradou aos educadores: reajuste de 7,1% dado gradativamente, entre os meses de junho, julho e agosto.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), algumas das propostas feitas pelo Governo foram a série de reuniões para tratar da pauta de reivindicações, a suspensão das medidas punitivas aos grevistas e apresentação de uma proposta financeira para os docentes que não tiveram os salários reajustados este ano. As propostas foram apresentadas à categoria no dia 4 deste mês.
Uma nova assembleia está marcada para o dia 29 deste mês. Os professores prometem se reunir em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), no Centro do Recife.
Com informações de Camilla de Assis