Proibição da queima da cana aumentará índice de desemprego

Cerca de 280 mil trabalhadores rurais poderão perder o emprego, sefundo dados da Unida

por Priscilla Costa qua, 24/04/2013 - 12:27
Shutterstock Apenas 31% dos canaviais nordestinos apresentam área plana, o que torna a queimada indispensável nas demais áreas com declives médios Shutterstock

Assim que entrar em vigor a legislação que proibe o uso da queima da cana na região nordestina, cerca de 280 mil trabalhadores rurais poderão perder o emprego. É o que afirmou a União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida) em audiência pública do Supremo Tribunal Federal ocorrida nesta semana. O prazo defendido pelos canavieiros é de, no mínimo, 15 anos para a lei passar a valer.

Segundo informações da assessoria da Unida, a eliminação das queimadas de canaviais localizados em pequenas propriedades e áreas com declividade superior a 12 graus aumentará o desemprego e inviabilizará grande parte das pequenas e médias propriedades. Ainda de acordo com a Unida, apenas 31% dos canaviais nordestinos apresentam área plana, o que torna a queimada indispensável nas demais áreas com declives médios.

De acordo com o presidente da entidade, Alexandre Lima, embora seja responsável por 12% da produção de cana no Brasil, o Nordeste emprega 35% de toda a mão de obra nele ocupada. “É preciso sensibilidade para evitar um caos na região, principalmente, porque a maioria dos trabalhadores é analfabeta e terá dificuldade de ser reaproveitado em outros setores. Além do mais, a colheita mecanizada ainda está longe de se tornar uma realidade compatível com a topografia acidentada da região”, conclui Lima.

Com informações de assessoria















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